Cada vez mais precisamos olhar para a adolescência e o vício em tecnologias. Você tem um adolescente em casa que não sai do celular, videogame ou computador? Se sim, precisa aprender urgente sobre o vício em tecnologias – os fatos e as estatísticas na adolescência para garantir que seu filho não só navegue com segurança nesse universo, mas também resgate o equilíbrio e a saúde mental e emocional.

Os adolescentes têm um relacionamento íntimo e cada vez mais frequente com as tecnologias. Elas são usadas nas escolas e em casa para concluir as tarefas, gerenciar suas vidas sociais por meio de vários aplicativos e para outras atividades recreativas.

Tendo crescido com dispositivos em mãos e estando on-line na maioria das vezes, é normal que sejam os que mais correm riscos de desenvolver o vício em tecnologias.

É um assunto bem novo, portanto é natural que os pais se perguntem se a aparente obsessão de um adolescente pelo celular ou por jogos se qualifica como comportamento viciante ou não.

O que é o vício em tecnologias?

A tecnologia é uma ferramenta extremamente produtiva que veio para facilitar o dia a dia, mas seu uso compulsivo pode interferir no trabalho, na escola e nos relacionamentos.

Quando você gasta mais tempo jogando ou checando textos, e-mails ou aplicativos repetidamente do que interage com pessoas reais, precisa avaliar se sofre de FOMO ou de NOMOFOBIA.

fomo e celular

FOMO é um termo em inglês que significa “fear of missing out”, ou medo de ficar por fora.

Sabe aquela agonia quando você escuta na sala do cinema que precisa desligar o celular? 

Sabe aquela vontade de checar as mensagens durante um jantar em família? 

Sabe aquela mania de ler mensagens enquanto dirige e querer responder quando o farol fecha ou, às vezes, até com o carro em movimento?

Isso é FOMO. É o medo de estar perdendo, nesses minutos fora do ar, algo importante, como se seus amigos estivessem fazendo sempre algo de muito extraordinário on-line e você fosse ficar de fora dessa festa virtual, que quase sempre não é real.

É uma vontade incontrolável de continuar conectado e sabendo o que os outros estão fazendo. Esse desejo em algumas pessoas é tão forte que elas ficam apertando ou deslizando a tela do smartphone para atualizar, mesmo tendo acabado de ver as redes sociais.

Podemos identificar três sintomas principais de FOMO:

1) ser incapaz de se desconectar;

2) sentir-se muito incomodado por não saber o que os outros estão fazendo;

3) ficar levemente deprimido por não participar de algo que sempre para você pode ser extraordinário, ainda que não seja.

Mais grave do que a FOMO é a NOMOFOBIA.

NOMOFOBIA vem do inglês “no” + “mobile” + “fobia”, ou seja, “fobia de permanecer sem conexão móvel”, que inclui internet e celular.

A FOMO não é um transtorno, mas a nomofobia, sim. A principal diferença é que na nomofobia a pessoa apresenta reações muito exageradas quando ficam sem as tecnologias e é considerada uma patologia, muito relacionada à ansiedade e à depressão.

A nomofobia é um transtorno do controle dos impulsos com um forte componente de ansiedade generalizada. São pessoas que deixam o celular ligado 24 horas por dia, sentem-se rejeitadas quando ninguém dá like, visualizam ou mandam mensagem e sofrem de abstinência quando estão sem o aparelho e quando ficam sem bateria ou fora da área de cobertura, se sentem ansiosas, angustiadas e inseguras.

Por isso é tão importante aprender sobre os sinais e sintomas de dependência de dispositivos em adolescentes para garantir a segurança do seu filho

Consequências do vício em tecnologias

nomofobia
  •  Desenvolver maus hábitos alimentares; 
  • Ter o nível de condicionamento físico comprometido e começar a ganhar ou perder peso.
  • Ter o cérebro comprometido: a conectividade cerebral diminui em partes que regulam emoções, tomada de decisão e controle de impulsos.
  • Aumentar a compulsão por outros vícios, como consumir álcool e usar tabaco.
  • Permanecer distante e recluso durante a adolescência, mostrando níveis crescentes de solidão social.
  • Tornar-se imprudente e com a capacidade de tomar decisão extremamente prejudicada.
  • Ter dor no corpo e problemas de postura.
  • Ter fadiga ocular digital pela exposição constante às telas.

Estatísticas do vício em tecnologias para o adolescente

“Se o celular vibrar, eu já estou olhando”. JR 16 anos

As estatísticas a seguir servem como alerta aos pais. Manter-se informados sobre o impacto das tecnologias na vida dos filhos adolescentes e especialmente como eles usam e para qual finalidade é um grande aliado para pensarmos em formas de ajudar os jovens a ter melhores práticas.

• 19% dos adolescentes procuram sobre formas de emagrecer; 

• 15% dos adolescentes procuram sobre formas de machucar a si mesmo (self-cutting);

• 13% procuram sobre formas de cometer suicídio; e 

• 10% dos adolescentes pesquisam sobre formas de experimentar ou usar drogas. 

Fatos sobre o uso de celular por adolescentes na hora de dormir

• 21% dos adolescentes deixaram de comer ou dormir por causa da internet;

• 77% dos adolescentes revelaram que mandam mensagens de texto e tweets quando os pais pensam estarem dormindo (madrugada);

• 21% dos adolescentes reconhecem manter as notificações ativadas durante o horário de dormir e acordar sempre que recebem um texto;

• 66% dos adolescentes confessam que não conseguem resistir aos celulares, apesar de saberem que isso afeta negativamente o sono;

Estatísticas sobre o uso e estudos de adolescentes 

• 67% dos professores acham que os smartphones distraem os adolescentes de hoje a maior parte do tempo;

• 61% dos adolescentes acreditam que o uso de smartphones afeta negativamente o trabalho da escola.

Os fatos sobre o uso e as relações dos adolescentes com tecnologias

• 77% dos pais sentem que os adolescentes se distraem facilmente com os telefones celulares por não prestarem atenção a outras pessoas em eventos familiares;

• Mesmo na mesa de jantar, 44% dos adolescentes usam seus dispositivos móveis;

• 30% dos adolescentes e pais alegam discutir sobre smartphones diariamente.

O que fazer com o excesso de tecnologias 

excesso de tecnologias

Se os pais percebem o excesso de tecnologias, a primeira atitude é se informar e seguir um passo a passo confiável que seja eficiente para encontrar o equilíbrio familiar. 

Os pais precisam estruturar o uso de tecnologias aplicando algumas limitações. Você pode fazer um inventário tecnológico para definir um limite de tempo para o adolescente. No livro “Detox Digital”, esse inventário já vem pronto para preenchimento.

Também é importante definir rotinas e horários para toda a família. Você pode criar acordos e contratos e pedir a todos que sigam para reduzir o vício em celular, não só do seu filho, mas de todos.

Se os limites não funcionarem ou se o seu filho já sobre de nomofobia, procurar ajuda profissional é uma opção para salvar a vida de seu filho. Nesse caso, o Hospital das Clínicas de São Paulo dispõe de atendimento só para essa faixa de idade. 

Você pode procurar alternativas saudáveis ​​e atividades envolventes para ajudar seus adolescentes a aprender a se sentir confortáveis ​​sem os dispositivos móveis.

Como o DETOX DIGITAL pode ajudar o seu filho a equilibrar as tecnologias

O Detox Digital é o melhor programa para quem deseja ter práticas efetivas para equilibrar o uso das tecnologias.

Você terá à sua disposição um passo a passo simples e claro para entender melhor todos os efeitos que as tecnologias podem causar na saúde física e emocional do seu filho, com testes que detectam o vício em tecnologias para todas as idades (testes específicos para crianças, adolescentes e adultos).

Também terá modelos de contratos prontos para várias ocasiões, desde para estabelecer acordos em família até um específico para presentear o filho com um celular.

Se detectado o excesso, você vai aprender a fazer o detox com segurança. Ele é necessário para que o cérebro do seu filho volte a funcionar da maneira certa e para que então você consiga, junto dele e com todos os integrantes da família, ver formas de equilíbrio.

No Detox Digital, você aprenderá, inclusive, formas de substituir as tecnologias por atividades em família ou ideias de atividades que seu filho pode fazer, mesmo sozinho.

Fontes:

VILELA, Jacqueline. Detox Digital. São Paulo: skoobooks, 2019.

Blog: https://blog.bit-guardian.com/facts-about-smartphone-addiction-in-teenagers/