“Pais precisam deixar filhos viverem frustrações”, afirma Jacqueline Vilela, para jornal A Tribuna
A infância é um terreno fértil para descobertas, conquistas e, sim, frustrações. Esse foi um dos temas centrais do papo que Jacqueline Vilela, especialista em desenvolvimento parental, trouxe em sua entrevista para o jornal A Tribuna. Com uma visão acolhedora, porém realista, ela lançou luz sobre um dos maiores desafios da parentalidade moderna: deixar que os filhos aprendam com as dificuldades da vida.
Aqui na Parent Coaching, a gente sabe que proteger faz parte do amor, mas superproteger pode ser um caminho perigoso. Vamos te contar os principais tópicos dessa conversa valiosa que merece ser compartilhada!
Índice de Conteúdos
A frustração faz parte do crescimento
Parece difícil aceitar, mas é fundamental: crianças precisam se frustrar. Durante sua fala ao jornal A Tribuna, Jacqueline Vilela explicou que tentar evitar qualquer desconforto para os filhos é como negar a eles uma parte essencial do desenvolvimento emocional.
Quando a criança não escuta um “não”, não enfrenta uma fila, não perde em um jogo ou não lida com o tédio, ela não aprende a lidar com limites, regras e, principalmente, com as próprias emoções. O resultado? Jovens que crescem sem ferramentas emocionais para enfrentar a vida adulta.
“A frustração ensina sobre resiliência, autocontrole e empatia”, destacou Jacqueline.
Por que proteger demais não ajuda? Jacqueline Vilela responde
Quantas vezes você já quis resolver um problema para o seu filho antes mesmo dele tentar? Essa é uma armadilha comum, que parte do amor, mas que, na prática, bloqueia o desenvolvimento de competências fundamentais.
Na entrevista ao jornal A Tribuna, Jacqueline alertou que a superproteção tem efeitos colaterais sérios, como:
- Dificuldades para lidar com desafios
- Baixa tolerância à frustração
- Problemas de autoestima
- Dependência emocional dos pais
Crianças precisam entender que a vida tem regras, limites e, sim, nem tudo acontece do jeito que elas querem.
Jacqueline Vilela alerta: a cultura do imediatismo impacta o desenvolvimento emocional
Durante a conversa com o jornal A Tribuna, Jacqueline Vilela trouxe um ponto super atual: vivemos na era do “tudo pra ontem”. E isso, claro, reflete diretamente na forma como os pais lidam com os filhos.
Quando tudo precisa ser resolvido rápido, sem esperar, sem erros, sem falhas, os pais acabam, sem perceber, oferecendo uma falsa ideia de que o mundo sempre estará pronto para suprir seus desejos.
“A criança que não experimenta o esperar, o não, ou até o tédio, não desenvolve habilidades de enfrentamento para as situações reais da vida”, reforça Jacqueline.
Fortalecer a autonomia: um presente que os pais podem (e devem) oferecer
Outro ponto brilhante trazido por Jacqueline Vilela na entrevista ao jornal A Tribuna é que permitir que os filhos vivam pequenas frustrações não significa abandoná-los, mas sim fortalecer sua autonomia emocional e social.
Ensinar que nem tudo será do jeito que eles querem, que há limites, que perder faz parte, é dar ferramentas valiosas para que eles se tornem adultos mais preparados, confiantes e resilientes.
“O papel dos pais é conduzir, apoiar e orientar. Mas não é tirar as pedras do caminho, é ensinar como atravessá-las”, pontua Jacqueline.
O papel dos pais: não é evitar, é ensinar
Jacqueline foi certeira ao dizer que o papel dos pais não é criar um mundo sem dor, mas ensinar como lidar com ela. Na prática, isso significa:
- Permitir que seu filho erre e aprenda com isso
- Não intervir imediatamente em cada pequeno conflito
- Estabelecer limites claros e coerentes
- Ajudar a nomear emoções: “você está triste”, “isso é frustração”, “você ficou decepcionado”
Aqui na Parent Coaching, reforçamos sempre que educar é muito mais sobre preparar para o mundo do que proteger do mundo.

Por que evitar frustrações cria adultos despreparados?
Jacqueline trouxe uma reflexão potente durante o papo com o jornal A Tribuna: quando os pais eliminam as frustrações da infância, criam jovens que não sabem lidar com o “não” da vida adulta — aquele que aparece em entrevistas de emprego, em relações amorosas, nas perdas e nas frustrações inevitáveis da vida real.
O resultado? Adultos ansiosos, inseguros, que se sentem paralisados diante dos desafios. Isso não é falta de amor dos pais, mas um amor mal direcionado, que confunde acolher com impedir que o outro cresça.
Sinais de que você pode estar evitando as frustrações do seu filho:
- Você faz tarefas por ele que ele já poderia realizar sozinho
- Resolve conflitos entre irmãos ou colegas antes deles tentarem
- Cede facilmente a birras ou chantagens emocionais
- Evita que seu filho sinta tédio, tristeza ou decepção
Se você se identificou com alguns desses pontos, calma! A boa notícia é que sempre é possível ajustar a rota.
Frustração + amor = combinação que educa de verdade
Frustração não tem nada a ver com desamor. Muito pelo contrário. Permitir que uma criança viva pequenas frustrações, acompanhada de apoio e acolhimento, ensina que errar faz parte, que nem tudo sai como queremos — e que está tudo bem com isso.
Jacqueline reforçou que a chave está no equilíbrio. Nem abandono, nem controle absoluto. Mas presença consciente, onde os pais são guias, não escudos.
E como começar a mudar essa postura?
Anota aí alguns passos sugeridos durante a entrevista ao jornal A Tribuna:
- Pratique o “espera um pouco” — nem todo pedido precisa ser atendido na hora.
- Deixe seu filho se frustrar em situações seguras — perder no jogo, esperar a vez, lidar com o “não”.
- Converse sobre emoções — nomear sentimentos é o primeiro passo para saber lidar com eles.
- Seja firme e amoroso ao mesmo tempo — manter limites não significa ser rígido demais.
Jacqueline Vilela e o desafio de ensinar os filhos a lidarem com frustrações
Essa conversa com o jornal A Tribuna deixa claro que educar não é sobre apagar os obstáculos, mas sobre ensinar a atravessá-los. Aqui na Parent Coaching, nosso trabalho é exatamente esse: ajudar pais, mães e profissionais a entenderem que educar com amor também inclui ensinar sobre frustrações, limites e resiliência.
Se você quer conferir a entrevista completa, é só acessar clicando aqui. Uma reflexão necessária para todos nós que acreditamos na transformação da educação emocional.
E que papo potente, não é? Sem dúvida, uma das grandes contribuições de Jacqueline Vilela para quem acredita em uma parentalidade mais consciente e preparada para os desafios do mundo.