Relacionamentos Conjugais e a Educação Parental
Todos nós, de alguma forma, nos relacionamos, seja com nossos pais, amigos, parentes. Os relacionamentos conjugais, referem-se aos vínculos amorosos e compromissos entre parceiros casados ou em uma união estável. Vamos entender um pouco mais sobre essa dinâmica e como a Educação Parental pode atuar? Confira nesse artigo!
Os relacionamentos conjugais são fundamentais na vida de muitas pessoas e podem ter diversos aspectos e dinâmicas.
Mas, precisamos nos perguntar se sabemos nos relacionar. Afinal, o grande ponto é que ninguém nos ensinou a nos relacionar.
O educador parental tem um papel fundamental nessa questão, pois a maioria dos relacionamentos conjugais tem conflitos passíveis de ajustes simples, uma técnica, ou ferramenta, que é rapidamente aplicável e muda a dinâmica do casal.
Precisamos fazer uma desconstrução e entender, por que ninguém aprendeu a se relacionar? Não é instintivo ou intuitivo, porque o amor é construído. Essa é a máxima de hoje. Nenhum relacionamento anda sozinho, ele precisa de construção intencional.
Antigamente o romance era apreciado, e não uma necessidade. Você escolhia um parceiro pela capacidade de provedor, pois naquela época as mulheres ainda não trabalhavam de forma comum. Ou seja, nem todas as pessoas tinham expectativas altas de romance, de afetividade.
A comunicação é essencial em um relacionamento conjugal saudável. Abrir canais de diálogo, compartilhar pensamentos, sentimentos e preocupações ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos.
Mas, observa-se que muitos relacionamentos podem passar por momentos disfuncionais, e o importante é reconhecer os problemas e buscar ajuda, para melhorar a relação.
Índice de Conteúdos
1. Relacionamento funcional e Relacionamento disfuncional
Dentro do relacionamento funcional, notamos uma comunicação eficaz, ela é aberta e honesta, ambos discutem os seus sentimentos e preocupações e resolvem os conflitos de uma maneira construtiva.
O respeito é mútuo, pois reconhecem as diferenças e tratam um ao outro com dignidade, além de lembrarem de sua individualidade não sendo egoísta. A confiança é um elemento-chave, assim, se sentem seguros para compartilhar as suas vulnerabilidades. Cada um sabe quem é e o que traz para o relacionamento.
As responsabilidades são compartilhadas de maneira justa, tanto em casa, na criação dos filhos, e finanças. A intimidade além de física é também emocional. Então, consegue-se observar um crescimento pessoal, mas também uma evolução em conjunto à medida que enfrentam os desafios ao longo do tempo.
Dentro desse contexto, tornar um relacionamento funcional é resultado do trabalho do educador parental, que traz ferramentas e possibilidades para o casal, e também na sua individualidade, ensinando a conhecer ao próximo que convive e partilha a vida, além de como agir diante dos conflitos.
Já no relacionamento disfuncional é tudo que não está funcionando. Tem a qualidade de vida prejudicada, não há conexão emocional, pouca intimidade. Não existem mais tantos interesses em comum, o tempo desconectou as pessoas, não souberam construir a relação de forma adequada, o vínculo afetivo está enfraquecido.
As brigas e indiferenças são constantes, os diálogos são improdutivos, não levam a resultados que beneficiem a relação. Não é uma convivência saudável, e é esse tipo de dinâmica que aparece na maioria das famílias que procura pela nossa ajuda.
Na prática, o relacionamento disfuncional é o relacionamento morno, aquele em que as pessoas coabitam na mesma casa, sem muita mudança e intensidade. Vivem pacificamente, uma situação de amizade, sem muita intimidade, e que o os filhos não percebem.
Não há demonstração de carinho e afeto. Não tem mais vínculo afetivo. Às vezes, tem até uma boa convivência, mas não tem conexão emocional. Ele não evolui, vai estagnando. Ocorrem muitos conflitos por divergência de decisões, do pouco diálogo e não saber como resolver. É o famoso “empurrando com a barriga”.
Aqui a comunicação se perdeu, os perfis não são incompatíveis, e houve um afastamento. E aqui, o educador parental pode trazer estratégias para promover uma comunicação mais assertiva e criar um ambiente familiar mais saudável.
Para além disso, existem algumas diferenças e formas de buscar a melhora dessa relação. É sobre isso que vamos falar a seguir!
2. Diferenças reconciliáveis
As diferenças reconciliáveis se referem às divergências em um relacionamento que podem ser administradas e resolvidas sem causar impacto negativo na qualidade da relação.
Essas diferenças envolvem uma ampla gama de áreas, mas geralmente, não são divergências tão fundamentais que impeçam esse relacionamento saudável. Fundamental é a disposição de ambos os parceiros em aceitar e respeitar as opiniões e preferencias um do outro, mesmo que não concordem.
2.1 A comunicação estratégica
A comunicação estratégica desempenha um papel crucial na gestão dessas diferenças, promovendo um relacionamento mais saudável e harmonioso.
Ela envolve a capacidade de se expressarem abertamente criando um ambiente de confiança, onde as diferenças podem ser discutidas. É quando ocorre uma escuta ativa, ou seja, ouvir com empatia e atenção genuína, procurando entender o ponto de vista do parceiro.
Comunicar-se estrategicamente, é ser auxiliado pelo seu educador parental, a incluir na comunicação a escolha dos momentos apropriados para discutir certas questões mais sensíveis, evitando discussões e momentos de estresse ou raiva.
A definição de limites saudáveis também faz parte dessa comunicação estratégica que pode ser abordada pelo educador parental. Isso significa reconhecer quando uma diferença pode ser resolvida e concordar em discordar de maneira respeitosa.
2.2. Comunicação Não Violenta para diálogos produtivos
Dentro da dinâmica do casal e da família é ideal, também, com o auxílio do educador parental, encontrar qual foi o ponto onde a comunicação do casal se perdeu, e trazer técnicas para aplicação da comunicação não violenta, como: ouvir atentamente, expressar sentimentos de maneira construtiva e a solucionar os conflitos de forma pacífica.
A CNV (comunicação não violenta) visa melhorar a qualidade dos diálogos, promovendo compreensão, empatia e resolução de conflitos. Ela é especialmente eficaz para promover diálogos produtivos em casais, pois enfatiza o respeito e a empatia.
Mesmo que tudo isso pareça ser um desafio, é essencial para crescimento pessoal e conjugal, trazendo saúde a longo prazo para o relacionamento. Afinal, respeito mútuo e empatia, são soluções que fortalecem a união entre os parceiros mesmo diante das diferenças.
Conclusão
As relações conjugais sempre existiram. O ser humano sempre teve a necessidade de se relacionar, e com o passar dos anos, essa dinâmica foi mudando. O que passou de afetividade, tornou-se necessidade.
O que precisamos entender é que a comunicação dentro da relação é um ponto chave para que a engrenagem funcione perfeitamente. Sem ela, não conseguimos mostrar quem somos dentro da relação, o que buscamos.
Respeito e empatia são fundamentais para se chegar em um relacionamento funcional, e na maioria das vezes só se consegue chegar com a ajuda de um educador parental!
Relações funcionais são o futuro para se viverem em famílias saudáveis.
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