Round 6: Você deve deixar seus filhos assistirem?

Série de maior sucesso da história do serviço de streaming Netflix, Round 6 alcançou uma popularidade gigantesca na mesma proporção em que despert

ou o seguinte questionamento a diversos pais: devo deixar meus filhos assistirem à produção?

Tudo por conta de alguns elementos da série que despertaram atenção nos pequenos, através de sua abordagem em diferentes meios e redes sociais, transformando-a em um fenômeno dentro e fora das telas.

Com uma grande carga de tensão e violência, Round 6 aborda uma competição baseada na reprodução de brincadeiras infantis e que tornará o seu vencedor bilionário. A diferença é que, para chegar ao final do jogo, a única regra possível é permanecer vivo.

Preocupação gerada pelo conteúdo da série

Dessa maneira, com uma crítica concisa em relação ao capitalismo e às desigualdades sociais, a produção poderia despertar discussões conscientes a respeito dos problemas socioeconômicos que assolam o mundo.

Entretanto, a reprodução de jogos infantis com altas doses de violência, e a popularização das cenas do seriado nos meios virtuais, começou a preocupar pais e profissionais de saúde mental, por conta do excesso de violência.

Classificada para maiores de 16 anos, a produção da Netflix não conta com um controle parental e pode ser facilmente acessada por qualquer pessoa que tenha contato com uma conta do serviço de streaming.

Impacto das narrativas na vida das crianças

Não é novidade para ninguém que um simples acesso à internet ou às redes sociais, sem uma fiscalização contundente por parte dos pais, pode acelerar alguns processos nas crianças que não são recomendáveis.

Desse modo, essa é uma questão que não diz respeito apenas à série Round 6, mas também em relação a outras produções audiovisuais e jogos eletrônicos. Muitas narrativas e discursos não são direcionados às crianças, mas o acesso é facilitado.

Como está em processo de formação, a tendência em desvirtuar essas mensagens e reproduzi-las de modo inadequado pode gerar danos para a formação psicológica do indivíduo e, consequentemente, para os seus relacionamentos interpessoais.

No caso de Round 6, o perigo consiste justamente na utilização, pelo roteiro da série, na subversão de jogos infantis condicionados a violentas disputas por sobrevivência em que são perpetuadas ideias como a vitória a qualquer custo.

A permissividade dos pais

Sabemos que a educação de uma criança é um processo complicado e que requer atenção contínua dos pais. Porém, não são poucos os casos de permissividade, em que praticamente não existe um controle ou filtro do que as crianças consomem.

Por tratar de temas complexos que envolvem não apenas a sociedade da Coreia do Sul, mas de outras partes do mundo, e questões como a luta de classes, competitividade e desigualdade social, Round 6 deve ser consumida por um nicho específico.

A não ser que os pais já estabeleceram um nível de diálogo avançado com a criança em relação aos problemas sociais enfrentados no mundo, não é recomendado o consumo de Round 6 pelos pequenos, por conta de sua complexidade temática.

Motivos pelos quais as crianças não devem assistir à série

A popularização de Round 6 através de plataformas como o Youtube e o TikTok, mesmo que as crianças não tenham assistido à série na Netflix, levam a uma combinação perigosa dos jogos com a violência, tornando-os praticamente a mesma coisa.

Essa familiarização pode levar à repetição das cenas de competição, inclusive com o uso de métodos violentos, pois, a reprodução desse contexto na cabeça das crianças pode ser considerada algo normal, tornando-se um elemento nocivo para a formação delas.

Dessa maneira, isso prejudica o desenvolvimento cognitivo e emocional, reforçando o aspecto violento de Round 6, e afastando toda e qualquer possibilidade de priorizar questões relacionadas aos relacionamentos e à empatia.

Assim sendo, evitar a naturalização da imitação comportamental, através do controle parental e de ajuda profissional, pode fazer com que as crianças entendam que não possuem discernimento sobre o que é certo e errado.

Com esse processo, fica mais fácil estabelecer um diálogo saudável com os pequenos, principalmente se eles acabaram assistindo à série. Dessa maneira, é possível estabelecer a ideia de que a violência não deve ser utilizada nem como meio, muito menos como fim.

Além de reforçar a confiança das crianças em relação aos pais, o diálogo proporciona a reformulação de alguns aspectos, fazendo com que os responsáveis consigam estabelecer diferentes contextos e lições sobre as questões levantadas.

Conclusão

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